segunda-feira, 4 de junho de 2012

Memórias de uma maioridade.

Lembro-me dos meses antes de completar dezoito anos, especialmente quando estava perto de me formar no ensino médio e já estava estagiando. Queria tanto ser de maior. Poxa, por causa de meses muita coisa não me era conferido, até mesmo as melhores oportunidades de estágio. Lembro-me também de uma aula de "Teoria da Psicologia" sobre o luto. O porfessor explicou os estágios e os tipos de luto, como eles poderiam se dar, e me chamou a atenção que ele disse que os pré-adolescentes  sentiam luto por perderem o corpo de criança.
Depois que completei a maioridade, fiquei uma semana de luto. Já não encontrava as vantagens de ter dezoito anos, pelo contrário, queria ter dezessete de novo. Agora me encontrava sem emprego, começando a estudar novamente, em faculdade e em curso, e por isso causava mais despesas para casa. Uma crise existencial me sobreveio.
Na verdade nunca fui idependente financeiramente, o dinheiro do estágio mal pagava as contas e meu pai continuava me bancando em tudo, exceto nos supérfulos. Mesmo assim deixar de trabalhar para estudar foi algo que me desbancou o chão. Pensava já ter superado isso, mas escrever essas linha me faz retornar a esses sentimentos. Enfim, o meu orgulho está em jogo. Preciso passar pra alguma federal, se isso não acontecer nem posso mensurar a crise existencial que há de advir.

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