segunda-feira, 4 de junho de 2012

A luz acabou.

Estava a ler "Quincas Borba" quando a luz acabou. Fez-se preto. Tomei meu celular e o fiz de lanterna, logo chegou meu pai trazendo pão. Passei o café e o tomamos à luz de velas. Acendi uma vela nova e retomei ao meu livro. Deixei-me envolver pelo romance, o que não é difícil se tratando de Machado de Assis, e quando fui me aperceber a vela já estava pequena. Aquela cena me trouxe uma certa satisfação, a vela que além de iluminar minha leitura, serviu-me de ampulheta. Livro e velas, aquilo por si já dava um ar agradável, um ar vintage, mas a vela por acabar me trazia a satisfação de um ávido leitor. E de fato se havia passado algumas horas. Com isso analisei o meu orgulho medíocre de aparentar ter cultura, além de um desejo intenso de querer me destacar e ser admirado por ser culto, nem que seja por mim mesmo apenas.e

PS: Também fui tomado por uma certa satisfação ao clicar no corretor ortográfico e saber que não comiti esses erros. Até que um leitor descubra qualquer outro erro de concordância, construção, coesão etc.

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